quarta-feira, setembro 02, 2009

Pequenas grandes performances


Qua, 02/09/2009 - Ano 176 - Nº 233


MAIS CULTURA
Festival de Esquetes anima o fim de semana em Campos
DIVULGAÇÂO

DA REDAÇÃO COM ASSESSORIA
O solteirão e rabugento Arnolfo sempre foi o algoz dos maridos traídos de Paris, denunciando-lhes as desventuras amorosas de suas esposas. Aos 40 anos, ele, querendo casar-se, porém temendo ser traído, escolhe Inês, menina ingênua que criara desde os quatro anos de idade, precavendo-se para que lhe ensinassem somente o que pudesse torná-la a mais burra possível. A história de ‘Arnolfo e Inês’ é o esquete que o Grupo sanjoanense Nós na Rua apresenta amanhã na programação do Festival de Esquetes do IF Fluminense (Fesquiff), que tem início hoje, às 19h, nos Pilotis do campus Campos-Centro.

A programação cultural, que prossegue amanhã no Teatro Municipal Trianon, sempre a partir das 19h, é organizada dentro das comemorações do Centenário da instituição de ensino, que acontece até o próximo domingo, dia 06, e conta com a participação de grupos do Rio, Minas e Espírito Santo.

O esquete, que foi adaptado da peça ‘Escola de Mulheres’, de Molière, foi apresentado pela primeira vez em 26 de dezembro de 1662. A breve montagem é encenada por Silvano Motta e Camila Amaral. Arnolfo, personagem central da peça, é um exímio conhecedor dos adultérios da cidade e dos motivos que os predispunham. Julgava ele que esses comportamentos aconteciam porque os homens eram complacentes com suas mulheres e essas cheias de artimanhas desenvolvidas especialmente para enganar os maridos com muita destreza e malícia. Principalmente as mulheres alfabetizadas, talentosas e belas desenvolviam essas atitudes.

— Para nós do Grupo Nós na Rua é um privilégio poder encenar parte desse clássico e participar de uma programação deste porte. Sem contar que vamos fazer parte do centenário de uma instituição de ensino como o IFF que é tão importante para a região. Eu sou um dos muitos ex-alunos que passaram por lá — observa Silvano Motta.

OUTRAS ATRAÇÕES
Também fazem parte da programação do Fesquiff, a realização de workshop com o Grupo Galpão Cine Horto, e exposição de fotografias, sendo todas as atividades com entrada franca. Hoje, na abertura do evento, às 19h, vai ser inaugurada a exposição sobre a história do Grupo Nós do Teatro.

— O grupo, que completa 14 anos de existência, começou como instrumento de motivação para as aulas de Literatura e hoje está focado em pesquisar linguagens teatrais. Por ele já passaram mais de 300 componentes e atualmente temos alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade — conta a diretora do grupo e organizadora do evento, Kátia Macabu.

Amanhã, além de ‘Arnolfo e Inês’, o público confere ainda ‘Casamento Caipira’, do grupo CTAIB Bando, de Bom Jesus do Itabapoana. A história fala de um casamento confuso e engraçado entre dois jovens, que termina com uma grande festa. Fechando a noite é a vez de ‘Prometeu acorrentado’, do grupo Maskarah, de Campos. O esquete contém fragmentos da tragédia grega ‘Prometeu’, de Ésquilo.

Na sexta-feira, dia 4, vai ser apresentado ‘Morto Cobiçado’, do grupo Enkurralados, de Campos. A cena começa com um morto e suposta viúva, quando, de repente, chega uma outra mulher que também se diz viúva. Até que todos percebem que estão no velório errado. Logo após, ‘Benditos Semeadores’, do grupo CAPOP de Januária-RJ. A peça conta a história de duas personalidades de Minas Gerais, que trabalharam para mudar a realidade da educação de crianças carentes. Em seguida, é a vez de ‘Eu sou a vida, eu não sou a morte’, do grupo de Cabo Frio, DaliTeatro. O esquete é uma adaptação da comédia de José Joaquim de Campos Leão Qorpo – Santo, escrito em 1866.

No sábado, dia 5, a noite começa com ‘Pega fogo, cabaré’ com a trupe de Santa Teresa-ES, Cia. Alpha Viventia. O texto fala de três senhoritas que trabalham em um cabaré e se envolvem em uma grande confusão. Depois tem a apresentação de ‘Repórter Eco’ com artistas do grupo Três Loucados de Barbacena-MG. O esquete mostra três loucos apresentadores que fazem uma sátira aos programas de TV. Fechando a noite tem ‘O Barqueiro’, com o grupo Alpha Viventia de Santa Teresa-ES, contando a história de dois pesquisadores que precisam fazer a travessia de um grande rio.

O Festival termina no domingo, dia 6, às 19h, com a apresentação da peça ‘O presente conta o passado’, que fala sobre a vida do criador das escolas técnicas, Nilo Peçanha. A peça é dirigida por Kátia Macabu e escrita pelos próprios atores do grupo Nós do Teatro, baseada em fatos reais. “Sempre sonhamos em fazer um festival formativo, de desenvolvimento do ser humano e o Fesquiff é a realização desse sonho. É o momento de reunir pessoas que desejam fazer teatro porque o amam e em formato de esquetes para reunir o maior número de grupos e integrá-los à plateia”, observa Kátia Macabu.

WORKSHOP
Dentro da programação, os participantes poderão ter a chance de aprender um pouco mais sobre a arte teatral com professores do Grupo Galpão Cine Horto, que é dirigido pelo conhecido Grupo Galpão, de Belo Horizonte. O workshop ‘O teatro e o jogo’ é voltado para iniciantes e iniciados em técnicas teatrais, além dos grupos que irão participar do Fesquiff.

Serão três turmas no período de 03 a 05: a primeira turma é de 9h às 12h, no auditório Cristina Bastos do IF Fluminense; a segunda turma, nos mesmos horários, na sala ao lado do auditório Miguel Ramalho também no campus Campos-Centro e a terceira turma é de 12h às 17h no Cristina Bastos, sendo no dia 5, de 9h às 12h, na sala 3, Bloco A.

monitorcampista.com.br
quarta, 2 de setembro de 2009 - 08h35

Um comentário:

ß. $á £ee disse...

Comunidade do FESQUIFF no orkut:

www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=93890412